sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Haiti...campanha da AMI, todos podemos ajudar.

Reencaminhando,


Campanha de Emergência Haiti



Fundação AMI – Assistência Médica InternacionalRua José do Patrocínio, 49 1959-003 Lisboa Tel. 218 362 100 Fax 218 362 199E-Mail: wlmailhtml:%7BE9D8937A-6FAB-4362-90F6-D46C9992CA81%7Dmid://00000132/!x-usc:mailto:fundacao.ami@ami.org.pt Internet: www.ami.org.pt Blog: http://ami.blogs.sapo.pt

Caros AMIgos e colaboradores,

Agradecemos o favor de reencaminharem esta mensagem a todos os contactos possíveis.
Estamos a tentar fazer pelo melhor, mas o Melhor só poderá ser feito com a ajuda de todos os que acreditam que só todos juntos, poderemos minorar o sofrimento de todos aqueles que estão a ser vítimas desta calamidade tão devastadora.

Com os nossos sinceros agradecimentos e um Bem Hajam pelo carinho que nos têm demonstrado.

Com AMIzade.

Ilda Costa/Francisca Nemésio


Ajude a Missão da AMI no Haiti
Contribua através do NIB: 0007 001 500 400 000 00672 ou Multibanco: Entidade 20 909 Refª 909 909 909 em Pagamento de Serviços


Cartão Saúde AMI- Cuide dos seus sem descuidar dos outros. Saiba mais em www.ami.org.pt ou ligue 808 201 382

Por favor, tenha em consideração o ambiente antes de imprimir este e-mail.

Ilda Costa/Francisca Nemésio
Dep. Informação & Comunicação
Tel: +351 218362100
Fax: +351 218362199
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Para quem perde o avião...ou a chave de casa ;-)



Com apenas 3,75 m², é um projecto que promete revolucionar as horas de descanso de múltiplos viajantes e trabalhadores.
Trata-se, como o nome indica, de uma pequena caixa de 2m x 1,40m x 2,30m para dormir com conforto e segurança. Oferece momentos de sono tranquilo e descanso numa cidade, sem perda de tempo à procura de um hotel. Foi idealizada para estar presente em estações de trem, aeroportos, locais públicos centrais, entre outros locais onde possa haver aglomerações de pessoas exaustas.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Em Nome do Amor Puro

Um amigo meu (nosso :) postou este texto no seu blog. Amei e resolvi copiar. Dedico-o a vocês minhas lindas, para este ano que já entrou e que se espera que seja smashing em todos os (bons) sentidos!
O texto é longo, mas vale bem a pena. Para quem já o conhece, que relembre. :)


«Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Teixeira de Pascoaes meteu-se num navio para ir atrás de uma rapariga inglesa com quem nunca tinha falado. Estava apaixonado, foi parar a Liverpool. Quando finalmente conseguiu falar com ela, arrependeu-se. Quem é que hoje é capaz de se apaixonar assim?
Hoje em dia as pessoas apaixonam-se por uma questão prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão mesmo ali ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato. Por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram em «diálogo». O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica da camaradagem. A paixão, que deveria ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas em vez de se apaixonarem de verdade, ficam praticamente apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há.
Estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr o risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do «tá bem, tudo bem», tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o medo, o desequilíbrio, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso «dá lá um jeitinho» sentimental. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Por onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, fachada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassado ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa a beleza. É esse o perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor é para nos amar, para levar-nos de repente ao céu, a tempo de ainda apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A «vidinha» é uma conveniência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um principio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para se perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita. Não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que se quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar. O amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.
Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos.

E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar esperança, doer sem ficar magoado, viver sózinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder, não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não.

Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.»

In Último Volume, de Miguel Esteves Cardoso